terça-feira, 14 de abril de 2009

Uma cura prodigiosa através do pão eucarístico

Um fato extraordinário me ocorreu há mais de 10 anos e não tive muita coragem para falar com detalhes sobre o assunto, pois acho que poucos vão acreditar. Na época fiz um teste com meus próprios familiares narrando o que me sucedera, mas notei que não devo falar muito sobre isso a fim de não ver minha credibilidade ir por água abaixo. Hoje em dia são poucos os que acreditam nos prodígios de Deus.
No entanto agora, depois que outros prodígios já me ocorreram através da Eucaristia, não me sinto mais tranqüilo carregando comigo esta espécie de culpa por omissão, pois alguém carente de fé pode acreditar no meu testemunho e seguir o exemplo. O fato merece ser divulgado, não por vaidade, como se eu fosse um privilegiado, um escolhido de Deus ou coisa parecida. Nada disso. Muito pelo contrário: quero fazê-lo aqui com absoluta humildade, com o puro intuito de despertar aqueles que precisam de fé e tenham consciência do valor da Eucaristia.
Naquele tempo senti-me com a saúde abalada com um problema intestinal que só vim saber que era grave depois que resolvi consultar a um médico. Pouco abaixo do meu estômago, vinha sentindo há meses, forte dor, tipo gastrite, conforme o tipo de alimentação que ingeria. Ao apalpar com as mãos percebia que no local estava crescendo algo como que um caroço dolorido, bem profundo, que parecia avolumar-se ainda mais a cada semana. Tive intuição de que era coisa grave, (na verdade, os sintomas haviam começado há cerca de um ano) e por isso fiquei adiando a consulta médica, talvez por medo do que seria o resultado, mas não dava mais para agüentar. Meu médico, Dr. Vicente de Almeida, (meu saudoso primo, em Caconde) apalpou e ficou assustado. Poderia ser um tumor no intestino. Ele pediu-me que fizesse alguns exames em Ribeirão Preto, forneceu-me endereço de laboratórios e clínicas para os exames.
Saí do consultório realmente preocupado e ao chegar a Guaxupé, onde moro, passei pela praça da Catedral e escutei os sinos bater para a missa das 19 horas. Entrei e fui direto ao sacrário. Rezei o terço contando nos dedos, pedindo a minha cura. Não que eu tivesse medo de morrer, mas senti que não era desta feita que ia partir desta vida. Meus filhos eram ainda muito jovens e com certeza precisariam de mim.
O padre chegou mais cedo e resolvi me confessar a fim de receber a comunhão com dignidade. Assisti a missa com uma fé e devoção que nunca havia tido. E perguntava para mim mesmo o porquê de nunca ter participado de uma celebração daquela maneira, com tanta devoção e acolhimento. Na hora da Eucaristia recebi a comunhão com verdadeira consciência da presença de Jesus Cristo naquele pedacinho de pão que, depois de consagrado passa a ser seu corpo, sangue e divindade, como Ele fez na última ceia e recomendou que assim fizéssemos sempre, para celebrar a Sua memória.
Naquela hora Implorei pela cura que eu tanto precisava. Acreditem ou não, mas a cura aconteceu de maneira prodigiosa ali mesmo, dentro da Catedral. A partir daquele momento não senti mais nada e tudo desapareceu até hoje.
Passado uma semana, o médico me ligou cobrando informações sobre a minha viagem a Ribeirão Preto. Disse-lhe que não tinha ido e que havia sarado. Dr. Vicente não acreditou e ficou muito bravo pelo telefone, pedindo-me que chamasse minha mulher.
Inventei uma desculpa dizendo que ela não estava em casa, pois na verdade ela nem sabia de tal enfermidade, pois eu não havia contado para ninguém. O médico mostrou-se muito preocupado comigo, além de tudo era meu primo e teimava em vir aqui em casa no dia seguinte para me ver. Para facilitar as coisas, propus a ele que eu mesmo iria até seu consultório em Caconde, no dia seguinte.
Ao ser examinado novamente, o médico não encontrou mais nenhum sintoma do que havia deparado na consulta anterior. Sem entender o que havia ocorrido ele pediu-me que permanecesse em observação e que voltasse no seu consultório periodicamente.
Nunca mais senti aquele incômodo. Não há dúvida de que fui realmente curado pela Eucaristia. Com isso, aprendi o caminho da igreja. Voltei várias vezes para agradecer e pedir outras curas do corpo e da alma. Até hoje não posso dizer que teve alguma vez que recorri a Deus pela Eucaristia e que não fosse atendido.
Ainda hoje, diante do sacrário ou do Santíssimo, me curvo ao máximo e me lembro de tudo. Às vezes me emociono quando contemplo o Santíssimo exposto no altar. Há alguns meses estava fazendo uma vigília diante do Santíssimo quando alguém começou a tocar no teclado e cantar a música “Quão Grande és tu”. Naquela hora tive que me esconder atrás de uma das colunas da Catedral, pois fui tomado de grande emoção.
Aprendi o caminho e outras curas e graças já me ocorreram através da Eucaristia praticada de modo consciente do seu valor, e em estado de graça, após uma bela confissão.

Obrigado meu Deus, pelo seu silêncio!

Obrigado meu Deus, pelo seu silêncio!

Alguns escritores ou articulistas ateus, descompromissados com a verdade, publicam livros ou divulgam suas idéias em outros órgãos de comunicação afirmando que não existem provas de tudo o que está escrito na Bíblia, induzindo assim seus leitores a desacreditar em Deus. O intuito de quem assim procede não pode ser outro a não ser lucrar com a venda de livros ou criar fama pela ousadia do tema.
Para estes, nem os pergaminhos e manuscritos encontrados no Mar Morto servem para comprovar, pois vão dizer que são falsos. Parecem contrário a tudo o que edifica. E como vendem suas idéias, pois esta geração é consumista em larga escala de tudo o que é extravagante, sensacional e absurdo.
Fico admirado de como uma pequena afirmativa negativa, sem fundamento, faz um estrago enorme nas mentes daqueles que ignoram os ensinamentos de Deus ou dos jovens que não conhecem e nem acreditam nos evangelhos. Comparo estes com a Parábola do Semeador, na parte em que, uma das sementes não caiu em terra fértil, não cresceu, não virou árvore, não deu frutos.
Nesta interessante explicação da parábola, o Mestre mostra a realidade do seu reino: “a semente é a Palavra de Deus. A que caiu ao longo do caminho, são aqueles que a ouvem, mas depois vem o demônio e tira-lhes a palavra do coração para que não se salvem crendo. A que cai entre as pedras são os que ouvem a palavra e a recebem com gosto, mas como não têm raízes, crêem por certo tempo e depois voltam atrás com a tentação. A que caiu entre os espinhos são aqueles que ouviram a palavra, mas depois de sufocados pelas riquezas e prazeres deste mundo, não dão fruto. Enfim, a que cai em terra boa são aqueles que recebem a palavra com boas disposições e produzem fruto pela perseverança".
Muitos acreditam nos ensinamentos bíblicos só até encontrar o primeiro louco que afirme tudo ao contrário, por ignorância ou por mero sensacionalismo, semelhante a uma das sementes que não caíram em terra boa.
Os quatro evangelistas, por exemplo, morreram pobres, foram perseguidos e condenados como Cristo. Eles não escreveram os evangelhos no intuito de ganhar dinheiro. Mas ainda encontramos pessoas que duvidam da autenticidade da bíblia. Os apóstolos viviam deslumbrados com o que viram. A fé deles era tão grande que nunca se esmoreceram e nem se intimidaram com as perseguições até a morte.
São Pedro, aquele apóstolo que parecia ser o mais fraco entre eles, criou coragem quando recebeu o Espírito Santo, transformou-se num dos mais ousados defensores de Jesus, foi preso e condenado à morte. Na hora de ser crucificado como aconteceu com o Mestre, achando-se indigno de morrer como Cristo, Pedro pediu que o levantassem na cruz de cabeça para baixo.
Aqueles homens da antigüidade não tinham nenhum medo de serem mártires em defesa das causas de Deus porque acreditavam, tinham fé e se sentiam no dever de dar exemplos. Não é possível que Cristo tenha que voltar de tempos em tempos e morrer várias vezes para que os povos de cada época acreditem nos seus ensinamentos.
Tanto no antigo como no novo testamento da Bíblia, a riqueza do conteúdo é tão grande que só quem viveu realmente aquelas situações poderia narrar com tanto detalhe. Se tudo o que está escrito ali não for verdade, vamos acreditar em quê? Naqueles descompromissados com a verdade, que querem vender suas asneiras de capas bonitas? Qual deus teve uma história tão empolgante, tão bem inspirada e cheia de detalhes como o Deus de Abraão? Jamais Ele nos deixaria desnorteados, na ignorância, sem nos revelar o motivo das nossas vidas, o seu propósito, a lógica da vida.
Já no antigo testamento ficou registrado tudo o que Deus quer de nós e isso não basta? Querem mais? Moisés mentiu? Os profetas mentiram? Cristo não veio para abrir o nosso entendimento e nos resgatar para a vida eterna?
Pessoas incrédulas hoje em dia existem muitas, porque nunca leram a Bíblia, ou se leram, não entenderam nada.
A fé em Deus é a única coisa que me norteia nesta vida, pelas circunstâncias, acontecimentos prodigiosos que me sucederam e que não foram coincidências. Não me lembro de ter pedido alguma graça a Deus que eu não tenha sido atendido, seja na doença ou outras necessidades em que me encontrava. O apóstolo Tomé acreditou porque viu e por isso o Mestre afirmou: “Bendito aquele que crê, sem ter visto”.
Sei que o Deus da Bíblia gostou da maneira como eu acredito nele, como tantos outros acreditam na sua palavra, e por isso peço ao meu Pai Santo, que eu nunca me exalte por causa disto. Preciso ser extremamente humilde como o Senhor quer que eu seja e que nenhum de nós deixe esta vida através da morte, sem antes haver realizado tudo aquilo que Ele espera de cada um.
Consultei a Bíblia nesta hora, como sempre o faço, para ver o que o meu Pai Santo tinha a me dizer a respeito destas coisas que acima relacionei, mas o Senhor não quis se manifestar. Mesmo eu forçando um pouquinho, ocorreu o contrário das vezes anteriores: o Livro Sagrado não se abriu em uma página onde sempre encontro referências às questões abordadas. As páginas pareciam coladas umas às outras, coisa estranha! O livro não se abriu e nenhuma mensagem sobre o assunto eu recebi.
Entendi que o Senhor não quis se manifestar. O seu poder enorme parece relacionado com este profundo silêncio! Obrigado meu Deus, pelo seu silêncio! É no silêncio eterno das estrelas no céu que eu também me encanto com a dimensão do Seu poder. Esta quietude me diz mais do que as palavras podem exprimir a cada vez que contemplo a Sua glória.