quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Aulas de religião nas escolas

Desde quando foram abolidas nas escolas, as tradicionais aulas de religião e até mesmo a oração que se fazia em cada classe antes de iniciar as atividades, parece que começou a violência entre alunos com mortes por armas, uso de drogas, prostituição, escândalos e até o desrespeito para com os professores que também tem sido vítimas.
Há poucos dias, numa visita a uma das nossas escolas, durante o intervalo, uma professora foi me mostrar uma sala de Ciências. Ao sair do corredor, deparamos, atrás das paredes do estabelecimento, junto às quadras de esportes, casaizinhos de alunos muito jovens, se atracando em beijos e abraços dos mais atarracados. Ela se disfarçou, tossiu, falou alto para eles perceberem que havia visita e se comportassem, mas nem assim se intimidaram e continuaram à vontade. Percebi também que não são namorados, mas “amigos” ou apenas colegas de escola que naquela hora estavam “ficando”, (termo muito comum entre eles nos dias atuais). Na rua, no caminho da escola, nas praças e em todo lugar os jovens casais não têm o mínimo pudor a qualquer hora do dia.
Não culpo as escolas e percebo que os professores mais velhos ainda não se acostumaram e ficam um tanto desapontados diante destes fatos. Também o palavreado que usam, não só nas quadras de jogos em que gritam palavrões, mas em toda parte, deixam as pessoas mais conservadoras estarrecidas.
De quem é a culpa? De onde vem tudo isso? Como aprendem rápido tudo o que não presta? É claro que a televisão tem sua parcela de culpa, principalmente pela sua ousadia depois que foi abolida a censura. O palavreado até dos filmes de hoje, o enredo das novelas, as imagens desnecessárias para mostrar uma cena de amor, são das mais ousadas e os jovens acreditam ingenuamente no que vêem e ouvem até nas letras de músicas das mais vergonhosas.
Isto sem falar na pornografia ao alcance de qualquer criança, principalmente pela internet.Tudo são aulas de safadeza, imoralidade, prostituição e decadência moral. Imagine se nossos pais ou avós vissem estas coisas... Ficariam envergonhados, escandalizados e horrorizados, com certeza.
Agora, percebendo a degradação em que a humanidade está se mergulhando, um parlamentar em Brasília apresentou indicação pedindo que se estudasse a possibilidade de voltar às aulas de religião nas escolas, lembrando que no seu tempo cada professor fazia uma breve oração com os alunos antes de iniciar sua aula e parecia haver mais paz até nos lares.
Mas para o espanto de todos, a recusa pela volta das aulas de religião nas escolas foi satânica. Não será mesmo influência maligna?
Chegaram a dizer que “hoje tudo está diferente mesmo e não tem outro jeito”. Argumentaram que os alunos seguem religiões diferentes, sem falar no budismo, maometismo e outros “ismos” por aí. E que alem disto, grande parte são ateus, outros são evangélicos, crentes, etc... e que não aceitariam mais aulas de religião. Quer dizer que um professor católico não ia ser aceito como antigamente.
Finalmente a conclusão mais absurda das pessoas entrevistadas era a de que “religião deve se aprender em casa, com os pais e não na escola”. Esqueceram que também os pais modernos não têm tempo nem de ver os filhos. As refeições quase não são mais feitas na mesma hora para todos. Além disto, se tentar falar com um jovem sobre religião na hora da refeição, muitas vezes com o prato no sofá em frente à televisão, ele dá a bronca: “pára com isso pai (ou mãe), agora não é hora de escutar estas coisas...”.
Em outras oportunidades de se reunir à família, ou os filhos estão longe, curtindo outras coisas ou os pais estão vidrados no vídeo. Depois é hora de dormir.
Isso quando os pais possuem conhecimento religioso para passar para os filhos, pois grande parte deles ignoram o assunto e muitos deles nem vivem juntos; o “encardido” (como dizia o saudoso Padre Léo), já deu um jeito de separá-los deixando os filhos recalcados e até revoltados.
No entanto, com um pouco de boa vontade, poderíamos sim, rever a questão das aulas de religião nas escolas, ensinando o que está na Bíblia que abrange todo o cristianismo, sem propagar nenhuma religião, respeitando a vontade, é claro, daqueles alunos de crenças não cristãs que, não querendo permanecer na sala, poderiam ter a liberdade de sair.
Mas daí surge outra dúvida: será que iriam encontrar professores que tivessem domínio sobre a Bíblia? Poderia ser padre, freira ou pastor de igreja evangélica, o importante seria ministrar ensinamentos bíblicos, sem propagar nenhuma religião.
Eu fiquei indignado porque naquela hora do debate ninguém encontrou uma solução e tudo ficou como está, aceitando a idéia de um desajustado que disse que “religião se aprende com os pais” e pronto.
Enquanto isto, ficamos estarrecidos de ver o mundo naufragando, porque a base de tudo é a família e depois a escola que parecem estar se desestruturando na área da espiritualidade enquanto “satã” se sente vitorioso na sua investida. E o pior é que o astuto está conseguindo fazer a cabeça dos lideres religiosos através da ciência, dando a impressão de que o diabo não existe, é auto-sugestão, é folclore, é conto para amedrontar crianças. Pois acreditando assim, o espírito maligno encontra facilidade para entrar e fazer a sua festa.
Se o demônio não existisse, Cristo não teria nos dado exemplos ao expulsar uma legião deles de um só possesso e tantos outros em diversas ocasiões.
Gostaria os leitores recortassem esta matéria e a enviassem às autoridades governamentais para que eles se sensibilizassem sobre o assunto e tomassem providências para que um dia houvesse moral e as famílias resgatassem seus valores de antigamente através de jovens espiritualistas e bem formados nas escolas que deveriam se comprometer com o desenvolvimento da espiritualidade dos seus alunos. Isso seria sem dúvida, uma solução para os problemas mais graves que vivemos atualmente.

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