sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Por que freqüentar igreja?

Desde o início do Velho Testamento da Bíblia, as celebrações das primícias eram feitas em comunidade, sobre um altar rodeado de participantes. Desde os tempos antigos, a oração individual era recomendada, mas nos templos cheios de fiéis é que se tinham conhecimento das leis de Deus e era em grupo que se cultuava o “Deus de Abraão” nas datas comemorativas. Depois veio a páscoa dos hebreus e as celebrações nos dias de sábado e datas especiais, todas comemoradas em comunidade.
Cristo veio muito depois disto e reafirmou a necessidade da oração em comunidade e garantiu que “dois ou mais reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”. Esta reunião de “dois ou mais” é que forma a igreja cristã, conduzida posteriormente pelos sacerdotes ou pastores.
Muitos parecem pensar que a igreja é desnecessária e por isso não participam das celebrações da memória de Cristo através da Eucaristia e perdem também a oportunidade do convívio com a comunidade. Orar sozinho em casa ou em qualquer lugar tem o seu valor, e também foi recomendado pelos profetas. Porém muito melhor e eficaz se torna a oração quando feita junto com alguém. Melhor ainda quando se participa dignamente da Eucaristia.
Por isso a igreja foi instituída pelo próprio Jesus Cristo. Muitos se dizem católicos, evangélicos, etc, mas não participam das celebrações religiosas da sua igreja. Nada tem a ver igreja com conversão, mas aparentemente a maioria dos que não participam da igreja é por falta de fé, falta de conhecimento religioso.
Que mérito têm aqueles que se convertem nas horas difíceis? É claro que nos momentos de infortúnios desta vida a tendência é recorrer à Deus. Por que não recorrer a Deus nos melhores momentos da vida para manifestar-lhe o reconhecimento pelas coisas boas que nos acontecem? Por que não recorrer à Deus no vigor da nossa juventude?
Rezar em casa é um bom começo, sem dúvida, mas ouvir a palavra de Deus, o Evangelho, participar dignamente da Eucaristia que Cristo tanto recomendou, isso só em comunidade, na igreja. “Todo aquele que come deste pão e bebe deste sangue, eu estarei com ele todos os dias de sua vida... e ainda que morto viverá”, garantiu-nos Jesus.
O ser humano moderno parece cada vez mais decadente, preocupado com o momento, com o prazer, com o poder e muitos não se interessam pela espiritualidade.
Deus tem muitas maneiras para nos induzir à conversão. Pior são aqueles que nem mesmo induzidos se convertem. Verdadeiro mérito tem aquele que presta atenção e aprende com os erros dos outros. Não espera a dor para se converter, mas adquire fé ao refletir sobre a própria vida e tudo o que há a nossa volta.
Temos livre arbítrio, mas Ele não quer que nenhum dos seus filhos se perca e por isso repreende a iniqüidade em todos aqueles a quem quer bem. É como um pai amoroso que repreende as travessuras dos filhos desajuizados.
Basta olhar para o céu numa noite estrelada para perceber que naquele silencio eterno, por trás daqueles mundos e galáxias gigantescas, há um poder muito maior, que a tudo criou com a sua imaginação, com a sua palavra. Somos filhos Dele, herdamos Dele o Seu gene espiritual, também podemos criar com a força da nossa imaginação, podemos ser grandes, fazer milagres... Não foi isso que Cristo disse aos apóstolos, quando lhe perguntaram como conseguia fazer aqueles prodígios?
— “Se tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão fazer tudo isso e muito mais...”
Então porque muitos não acordam a tempo, mas preferem continuar como mortos, esquecidos destas maravilhas, preocupados só com o materialismo, com as alegrias, os prazeres desta vida que morrem e apodrecem com o corpo?
Será que a nossa fé não chega nem a metade de um grão de mostarda?

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