sábado, 10 de janeiro de 2009

O poder da divina imaginação

Jesus Cristo nos ensinou que quando orarmos pedindo uma graça, devemos imaginar este pedido sendo realizado, sentir a alegria do desejo alcançado e inclusive agradecer. Desta maneira a graça será alcançada, desde que não seja contra os princípios divinos. “Imaginar o pedido realizado” é o segredo que atrai o que pretendemos. Imaginar significa criar imagens no pensamento. “Sentir” o desejo realizado é acionar os nossos sentidos.
Aprendi que nossos desejos, mesmo os mais fortes, jamais serão realizados se não soubermos aliar eles com a imaginação. Mas se imaginarmos (criarmos imagens mentais daquilo que desejamos), a ponto de sentir o cheiro, apalpar, ouvir alguma coisa sobre ele e se possível sentir até o sabor de alguma coisa relacionada, tudo através da mente, (devendo repetir a operação por algumas vezes), aí sim, poderemos ter (às vezes em pouco tempo), a alegria de ver nosso ideal realizado.
“Teus pecados foram perdoados, levanta-te e anda” ou “Tua fé te salvou, levanta-te e anda”, disse o Mestre realizando milagres sem que aparentemente o doente precisasse imaginar nada. “Àquele que tem fé tudo é possível”, mas enquanto a nossa fé ainda não é do tamanho de um grão de mostarda, é importante que façamos a nossa parte a fim de abrirmos acessos para Ele nos ajudar, isto é, não devemos nos acomodar e ficar esperando, pois quem não procura, não acha. Mas participar do processo de realização do nosso desejo, fazer alguma coisa, isso faz a vontade de Deus. E o que Ele nos ensinou a fazer foi criar imagens daquilo que queremos e procurar sentir o nosso desejo realizado através dos nossos sentidos. Isso atrai fortemente as energias disponíveis a nosso favor e facilita a realização do nosso ideal enquanto Deus providencia a parte mais importante.
Desde criança, não sei de onde obtive este entendimento, tinha em mente que nossa imaginação é muito poderosa, pois descobri, através do meu primeiro tombo de bicicleta, que podia atrair coisas ruins ou coisas boas com a imaginação. Acho que por inspiração divina sempre usei este recurso e fui bem sucedido.
Para minha surpresa deparei-me há pouco tempo, com um filme científico e um livro intitulados “O Segredo”, que trata do mesmo assunto com grande sucesso. Que pena que o autor se esqueceu de mencionar que o primeiro professor que nos ensinou esse recurso foi o próprio Jesus. Por causa desta omissão pareceu-me que o mérito ficou para a tal “ciência dos homens”.
Lembro-me que quando doente, imaginava a cura me acontecendo, comemorava com os sentidos e, para meu espanto realmente tudo sucedia conforme as imagens que criava em meu pensamento. Durante uma febre criei imagem mental dos glóbulos sangüíneos que defendem o nosso organismo, lutando e vencendo o exército de bactérias ou vírus que tentam invadir nossa circulação. Visualizei essa guerra até chegar à vitória que me favorecia. Tudo funcionou em poucos minutos e isso me empolgou para partir para outras experiências que também foram um sucesso.
Continuei sempre usando este processo não só para me curar de enfermidades como para me facilitar na obtenção de tudo o que eu precisava. Tive a oportunidade de usar esta experiência também em meus filhos quando adoeciam. E o resultado era tão eficaz que eles se acostumaram e me chamavam quando precisavam: “pai, vem me curar, pois estou com dor de garganta”.
Certa vez o meu filho mais velho apareceu em casa com um dos seus colegas em crise de bronquite. “Eu vim aqui porque o Luciano disse que o senhor pode me curar” disse o garoto Emerson Amaral ofegante, com falta de ar. (Ele é nosso vizinho até hoje). Fiquei um tanto inibido, pois nunca uma pessoa de fora havia me procurado com este intuito.
Sentei-o numa cadeira e o induzi ao relaxamento semelhante ao transe hipnótico. Depois mentalizei sua cura através da imagem, me alegrando pela graça alcançada. Deu certo, pois nos dias seguintes o sintoma havia desaparecido por completo.
Naqueles dias, minha mulher andava sentindo dores na coluna vertebral até que numa manhã ela não conseguiu sair da cama; parecia travada e nem podia se virar para os lados. Com muito jeito iniciei uma massagem com as pontas dos dedos pela sua coluna até localizar a área afetada. Ali, enquanto massageava de leve, comecei a mentalização de cura imaginando uma energia que sai dos dedos, penetrando no local e restaurando tudo o que era preciso restaurar em sua coluna vertebral.
Para nossa surpresa, cerca de 15 minutos depois, ela levantou-se totalmente curada e nunca mais sentiu aquele incômodo.
Em 1986 agravou-se um ruído que sempre tive em meu ouvido do lado esquerdo. Minha audição foi diminuindo cada vez mais e já nem conseguia atender ao telefone daquele lado. Após minucioso exame o médico chegou à conclusão que era problema circulatório central. O caso era genético, pois alguns dos meus tios tinham o mesmo problema e já estavam surdos completamente. O medicamento que o médico me receitou para dilatação dos vasos sangüíneos me dava mal estar e acabei abandonando o tratamento.
Passei a fazer uma experiência de mentalização usando as pontas dos dedos, não sem antes pedir a Deus pela graça da cura. Ao deitar-me á noite, ou antes de me levantar pela manhã, fazia um relaxamento, ainda na cama e introduzia a ponta do dedo indicador de cada mão, sem forçar, na entrada do ouvido direito e do lado esquerdo. Depois enchia o pulmão de ar e prendia a respiração até determinado tempo, sem esforçar muito. Em seguida ia soltando lentamente o ar pelo nariz e mentalizando que das pontas dos dedos indicadores estava saindo uma energia curativa que passava pela área afetada e fechava curto dentro da minha cabeça melhorando também outras áreas necessitadas de energia.
O tal “curto” era imaginação minha da seguinte forma: o indicador da mão direita gerava energia positiva e o da mão esquerda era como que o “terra” da eletricidade. As duas energias fechavam curto circuito dentro da minha cabeça energizando todo o meu corpo. Mesmo procedendo desta forma de tratamento por poucas vezes (pois só me lembrava de fazê-lo quando a surdez se acentuava), o resultado foi surpreendente. Desapareceram quase por completo os sintomas de surdez e barulho no meu ouvido. E o que é mais intrigante: eu sempre usava óculos desde jovem, por miopia que se tornava cada vez mais acentuada, de modo que a cada vez que vencia minha carteira de habilitação de motorista, tinha de aumentar o grau dos óculos.
Com esta experiência, em poucos dias senti que os óculos estavam ficando fortes e que enxergava melhor sem eles. Quando venceu minha carteira fui fazer os exames médicos sem óculos. O médico, meu ex-colega de escola, perguntou-me se eu estava usando lentes de contato. Expliquei-lhe que havia sarado da miopia.
É claro que ele não acreditou, pois a tendência é acontecer o contrário, piorando sempre com o passar da idade. Passei nos testes e pela primeira vez comecei a portar uma carteira de motorista sem o tradicional carimbo de “Correção visual”. Até hoje, cerca de 15 anos depois, ainda não precisei de óculos para dirigir.
Inúmeras outras enfermidades que tive posteriormente, acabei me curando desta forma, usando a ponta dos dedos, procurando sentir a cura já realizada através da imaginação. Acreditem: consegui desta maneira me livrar de verrugas pretas, manchas na pele, gastrite e até de cálculos na vesícula biliar.
Acho que todas as pessoas possuem estes recursos que Deus deixou ao nosso alcance, basta saber usá-los. Certamente foi por isso que Cristo disse que, com um pouco de fé podemos fazer tudo o que Ele fez e até mais. Se é assim, então percebo que nos falta desenvolver este lado espiritual que ainda permanece quase que totalmente ignorado.

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